Mondrian e o figurativo
Mondrian nasceu em 7 de Março de 1872, no seio de uma família calvinista, obteve uma educação que deixaram marcas profundas em sua personalidade. Desde muito cedo começou a desenhar, obtendo os certificados necessários para o oficio de professor, no entanto recusou-se a trilhar essa carreira, conseguindo a duras penas, com o auxilio do pai e de um amigo da família, ingressar na Academia de Belas- Artes. Começou a pintar de forma naturalista, motivos como as naturezas-mortas e paisagens, onde perseguia um estilo sóbrio, com linhas serenas e rigorosas. Nesse período sofreu diversas influências.
Figura 1: Retrato de Rapariga com flores, 1900-01
Óleo sobre tela, 53 x 44 cm
Fonte: site
Nessa imagem podemos captar a aura de inocência e castidade que as formas evocam. Mondrian conviveu com dificuldades financeiras assim como seu compatriota Van Gogh, mas as semelhanças não param por aí, ambos sofreram com conflitos envolvendo fé e religiosidade. No trabalho de Mondrian desse período podemos notar essa influência que perdurou por até a idade de trinta anos.
Figura 2: Casa Solitária, 1898 – 1900. Óleo sobre tela, 36 x 24 cm Fonte: site
Mondrian passou por experiências mágicas que contaminaram seu modo de vida, se estendendo a maneira de pintar, ele encontrou na teosofia muitas das respostas que buscava para suas inquietações.
Temas realistas
Mondrian fez uma viagem curta à Inglaterra, onde se fixa numa Aldeia rodeada de árvores, pastos que se perdem de vista e moinhos de ventos, que passam a ser suas temáticas. Então nessa fase ele procurou empregar tons escuros, uma paleta mais densa e triste que, no entanto, vida contrastando com os crepúsculos pintados de azul e malva.
Figura 3:Moinho ao Sol, 19008 Óleo sobre tela, 114x x 87 cm
Fonte: site
Foi então que ele começou a pintar segundo a tradição holandesa, paisagens desconhecidas, os famosos moinhos, matas escuras e todos esses motivos