Arte
As artes híbridas são linguagens e meios que se misturam para formar um conceito único. Algumas artes são híbridas por natureza como teatro, ópera e performance. É um processo intersemiótico. Estes processos intersemióticos tiveram seu início nas vanguardas estéticas do início do século XX e a partir daí foram tomando proporções maiores.
O processo de hibridização das artes aconteceu por diversas razões entre elas a disponibilidade de materiais, suportes e meios para o artista realizar misturas propiciadas pela miscigenação crescente entre as culturas artesanal, industrial-mecânica, industrial-eletrônica e teleinformática.
Mas, em que momento, na construção do que se tornaria a arte moderna, as misturas entre imagens, meios e materiais se intensificaram? Podemos colocar que há um ciclo compreendido entre Cézanne e Mondrian. Antes de artistas como eles, a arte representava o mundo com figuras bem definidas e reconhecíveis. No final do século XIX as artes já haviam rompido com a tradição e não havia mais a obrigatoriedade de representar espaço, tempo e movimento dentro de modelos previamente definidos. Cézanne, ao procurar novas estruturas espaciais para representação, iniciou um novo modo de se fazer arte, com novos significados, suportes e materiais. Mondrian fechou este ciclo de mudanças, juntamente com outros pintores abstracionistas ao abolir o figurativo e romper com seus limites. Este ponto final coincide com a explosão dos meios de comunicação e da cultura de massas, fenômenos que mudaram para sempre os caminhos da arte e geraram uma expansão tecnológica.
Esta expansão vem impactando os processos artísticos desde os anos 50, acentuando-se nos anos 60 e mais ainda nos 70. A Pop Art, com seu uso sarcástico dos grandes ícones da cultura de massas, deu continuidade à hibridização das artes que