Arquitetura Contemporanea
No fim do século XIX, inúmeros artistas, ainda que isoladamente, já contemplavam a possibilidade de uma arte sem tema. Por exemplo, por volta de 1890, o escultor e arquiteto August Endell, integrante do movimento Jugendstil, de Munique, vislumbrava uma nova arte: Uma arte que estimula a alma humana pelas formas que se parecem com nada conhecido, que nada representam, e que simbolizam nada; uma arte que trabalha unicamente com formas inventadas livremente, assim como a musica, pelas notas inventadas livremente.
Embora essa descrição tenha antecedido em mais de vinte anos o construtivismo, ela nos dá uma útil definição que inclui a renuncia ao simbolismo. A ideia, contudo, não era nova nem mesmo para aquela época. Platão havia escrito sobre formas geométricas em Filebo: Pois digo que tais coisas são belas não em relação a outras coisas. São natural e permanentemente belas em si e por si mesmas, proporcionando certos prazeres característicos de forma alguma semelhantes aos prazeres produzidos pelo estímulos físicos. As cores desse tipo são igualmente belas porque possuem o mesmo caráter e produzem os mesmos prazeres.
Prototipos da imagem construtivista haviam surgido sob diversas formas: nas pinturas das cerâmicas de milhares de anos atrás, na geometria dos mosaicos do chão dos banhos romanos e das primeiras igrejas cristãs, nas treliças islâmicas, em azulejos e decorações de gesso, nas tremas ornamentais celtas, nas subdivisões quadrangulares dos escudos heráldicos, nas bandeiras, nas grades de ferro, nos padrões decorativos dos vidros coloridos, nas mantas e cobertores de lã escoceses com motivos em xadrez e nos desenhos de entretraçado estilizados de Albrecht Durer e Leonardo da Vinci. Essas imagens abstratas infiltraram-se nas artes visuais pela porta de serviço, como arte aplicada ou utilitária. Ora serviam para preencher o espaço vazio entre elementos naturalísticos, ora eram feitas pelo simples esmero do artesão.
No Islã, a proibição