Momento historico da semana da arte moderna em 1922
Na Europa, a vanguarda modernista tem como marca o avanço tecnológico e científico do início do século XX. Nesse período, o cotidiano das pessoas sofre uma verdadeira revolução com a supervalorização do progresso e da máquina. O capitalismo entra em crise (1929), dando início à 1ª Guerra Mundial (1914-1918), encerrando a chamada belle époque. A seguir, a crise financeira, oriunda do conflito, leva à 2ª Guerra Mundial (1939-1945), e nos anos intermediários, conhecidos como "os anos loucos", as pessoas passam a conviver com a incerteza e com o desejo de viver somente o presente. Tais experiências despertam o anseio de interpretar e expressar a realidade de forma diferenciada, dando origem aos movimentos da vanguarda européia. Os mais importantes foram o futurismo, o cubismo, o dadaísmo e o surrealismo. As vanguardas passam a exercer influência sobre artistas e intelectuais brasileiros. Dessa forma, vão surgindo obras de autores jovens que, descontentes com a tradição acadêmica parnasiana, demonstram que a literatura brasileira está sofrendo um processo dinâmico de transformação.
Contexto histórico da primeira fase (1922-1930)
Certas transformações foram responsáveis pela criação do ambiente propício à instalação das novas idéias, ressaltando-se o Centenário da Independência e a I Guerra Mundial (1914-1918), que favoreceu a expansão da indústria brasileira, promoveu novas relações políticas, além de abrir espaço para a renovação na educação e nas artes. Há, ainda, a grande influência da mão-de-obra imigrante, instalada no sul, centro de poder da vida econômica e política do país. Outros fatos importantes foram o triunfo da Revolução de Outubro de 1930, cujo levante se deu em 1922, e a fundação do Partido Comunista Brasileiro. Igualmente relevante, foi à quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, levando à queda do café brasileiro na balança de exportação, nessa mesma data. Tal fato