Modo de produção escravista
Escravidão, regime social definido pela lei e os costumes como a forma mais absolutamente involuntária de servidão humana. O trabalho ou os serviços de um escravo são obtidos pela força e a pessoa física é considerada propriedade de seu dono, o qual dispõe de sua vida.
Desde os tempos mais remotos, o escravo é legalmente definido como uma mercadoria cujo dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma dívida, sem que o escravo possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal. A escravidão está baseada num forte preconceito racial, segundo o qual o grupo étnico ao qual pertence o comerciante é considerado superior.
A prática da escravidão data de épocas pré-históricas, embora sua institucionalização provavelmente tenha começado com o desenvolvimento da lavoura, que possibilitou às sociedades mais organizadas usar escravos para desempenhar determinadas funções.
A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos. Nas civilizações pré-colombianas (asteca, inca e maia) os escravos eram empregados na agricultura e no exército.
A exploração da costa da África, o descobrimento da América pelos espanhóis, no século XV, e sua colonização nos três séculos seguintes incrementaram consideravelmente o comércio moderno de escravos.
2. ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NA AMÉRICA
No continente americano as novas repúblicas aprovaram a libertação dos escravos em suas leis de abolição. Só no Brasil a escravidão perdurou até 1888.
Durante as guerras de emancipação, a população negra foi aliada simultaneamente aos patriotas nativos, mas também formou alguns contingentes em favor dos realistas. No México, Miguel Hidalgo y Costilla e José María Morelos, proclamaram a abolição da escravatura e trataram de incorporar a população de origem africana a suas fileiras. De uma