Modernismo Em Portugal
Fernando Pessoa
Portugal passara por anos agitados na política de seu país no inicio do século XX . A crise da monarquia, iniciada em 1890 pelo Ultimatum inglês, levara a morte o Rei Carlos e seu filho Luiz Felipe em 1908, e, em 1910 era declarada republica em Portugal.
O povo estava perdido em meio ao caos econômico gerado devido as recorrentes mudanças, e, desse caos, surgiu o Saudosismo.
O desvio de interesses fez com que a literatura portuguesa se tornasse estática e escassa. Em meio a essa crise literária, um nome surge: Orpheu.
A revista fora lançada em 1915 e é a marca do inicio do modernismo em Portugal. Com ideais grandiosos sobre império, navegações e vigor, a revista fez com que o saudosismo se popularizasse ainda mais e que a literatura portuguesa se alavancasse novamente.
Dois únicos números foram lançados em abril e julho. Com direção, no n.° 1, de Fernando Pessoa e do brasileiro Ronald de Carvalho, e, no n.° 2, de Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, o escândalo provocado pela publicação de Orpheu deveu-se, entre outros motivos, à apresentação de práticas de escritas e correntes artísticas vanguardistas (paulismo, intersecionismo, simultaneísmo, futurismo, sensacionismo), embora surjam nas revistas ainda compaginadas com leituras e práticas simbolistas e decadentistas.
O número um foi preenchido com a seguinte colaboração: Luís de Montalvor, "Introdução"; Mário de Sá-Carneiro, "Para os Indícios de Oiro" (poemas); Ronald de Carvalho, "Poemas"; Fernando Pessoa, "O Marinheiro" (drama estático); Alfredo Pedro Guisado, "Treze Sonetos"; José de Almada-Negreiros, "Frizos" (prosas); Côrtes-Rodrigues, "Poemas" e Álvaro de Campos, "Opiário" e "Ode Triunfal".
O número dois recebeu os seguintes autores: Ângelo de Lima, "Poemas Inéditos"; Mário de Sá-Carneiro, "Poemas sem Suporte"; Eduardo Guimarães, "Poemas", Raul Leal, "Atelier" (novela Vertígica); Violante de Cisneiros, "Poemas"; Álvaro de Campos, "Ode Marítima"; Luís de