Modernismo em Portugal
O início do Modernismo Português ocorreu num momento em que o panorama mundial estava muito conturbado. Além da Revolução Russa de 1917, no ano de1914 eclodiu a Primeira Guerra Mundial.
Em Portugal este período foi difícil, porque, com a guerra, estavam em jogo as colónias africanas que eram cobiçadas pelas grandes potências desde o final doséculo XIX. Para, além disto, em 1911, foi eleito o primeiro presidente da República.
O marco inicial do Modernismo em Portugal foi a publicação da revista Orpheu, em1915, influenciada pelas grandes correntes estéticas europeias, como o Futurismo, o Expressionismo, etc.
O modernismo decorreu de todo um estado de espírito formado pela cultura da época e que repercutiria em todas as artes, integrando literatura, pintura, música arquitetura, cinema, etc.
São características de estilo deste movimento: o rompimento com o passado, o caráter anárquico, o sentido demolidor e irreverente, o nacionalismo com múltiplas facetas - o nacionalismo crítico, que retoma o nacionalismo em uma postura crítica, irônica e questiona a situação social e cultural do país, e o nacionalismo ufanista (conservador), ligado principalmente às posturas da extrema-direita.
O modernismo português foi dividido em três gerações:
Primeira geração: Orpheu - Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Almada Negreiros e outros. Principal característica do grupo é o comportamento iconoclasta.
Segunda geração: Presencismo - José Régio, João Gaspar Simões, Branquinho da Fonseca e outros. Principal característica do grupo é o elitismo, “arte-pela-arte”.
Terceira geração: Neo-realismo - Alves Redol, Ferreira de Castro, Jorge de Sena e outros. Principal característica do grupo é a literatura engajada.