modelos de qualidade de vida no trabalho
A descrição ou a mensuração da percepção dos trabalhadores em relação a QVT necessita da adoção de determinado modelo, ou seja, os indicadores de QVT. Para Limongi-França (1996) tais indicadores permitem uma clareza de critérios e propiciam maior objetividade na avaliação e na definição de ações.
2.3.1 Modelo de Richard Walton (1973)
Para Walton (1973) apud Rodrigues (1994) a “expressão qualidade de vida tem sido usada com crescente frequência para descrever certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico”.
O modelo de Walton (1973) procurou identificar as condições da QVT diante de oito categorias conceituais, que segundo Vieira (1996) podem ser descritas da seguinte maneira, no quadro abaixo:
Compensação justa e adequada: Pode ser vislumbrada através da adequada remuneração ao trabalho além de critérios de equidade. Para Walton (1973) apud Rodrigues 1994 (p. 82), o trabalho em primeiro plano, é visto como da maneira pela qual o indivíduo ganha a vida, e desta maneira é um conceito relativo, já que não existe um simples consenso sobre os padrões objetivos e subjetivos para julgar a adequada compensação.
Dentre as dimensões que podem ser vislumbradas citam-se:
1º - Remuneração adequada: Remuneração necessária para o empregado viver dignamente dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, sociais e econômicos da sociedade. Verifica-se também se há compatibilidade do salário em relação a função desempenhada, bem como de acordo com as exigências quanto qualificação, responsabilidade e habilidade inerentes.
2º - Equidade interna: Equiparação na remuneração entre outros membros de uma mesma organização;
3º - Equidade externa: Equidade na remuneração em relação aos outros profissionais no mercado de trabalho.
Condições de trabalho: Caracterizado pelas condições reais