MODELO RESENHA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE LINGUAGENS, CULTURA E EDUCAÇÃO
DISCIPLINA FUNDAMENTOS DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Prof. Jefferson Bruno
MOLAYNNI CERILLO SANTOS
Turma IV
Referência:
SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998, p. 07-30.
RESENHA
O ouvintismo é uma ideologia dominante em nossa sociedade e consubstancia-se nas representações dos ouvintes sobre a surdez e sobre os surdos. Na ótica ouvinte, ser surdo é o resultado da perda de uma habilidade disponível para a maioria dos seres humanos, logo, ser surdo é ser deficiente. Carlos Skliar contesta veemente essa ideologia e com razão. Para ele, a surdez não é uma deficiência, mas, sim, uma mera diferença.
Assim como os ouvintes, os surdos possuem sua própria linguagem e interagem entre si naturalmente. A única diferença entre os surdos e os ouvintes está no tipo de linguagem utilizada por eles: enquanto os ouvintes utilizam a linguagem falada, os surdos utilizam a linguagem de sinais. Infelizmente, poucas pessoas vêem a surdez dessa forma.
Geralmente, os surdos são subestimados, tanto no âmbito educacional quanto no âmbito profissional. Por terem dificuldade em aprender a linguagem falada, são encarados muitas vezes como deficientes mentais. O interessante é que os ouvintes acreditam que o surdo, para superar a sua “deficiência” e se tornar “normal”, deve aprender a linguagem falada, que, a seu ver, é hierarquicamente superior à língua de sinais. Na verdade, não há hierarquia entre linguagens, a quantidade de usuários é que é diferente. O fato de a linguagem falada ser mais utilizada não a faz superior a nenhuma outra. Não é demais ressaltar que língua oral e gestual são linguagens autônomas e diferentes entre si apenas quanto ao modo de transmissão e recepção: enquanto a transmissão da primeira se dá pela via oral, a da segunda se dá pela via gestual; enquanto a primeira é receptada pela audição, a segunda é