Modelo Psicanalítico
Características do Ego
Freud não teve a preocupação de delimitar pedagogicamente as características do Ego. De seus vários trabalhos, podemos enumerar as seguintes características como constituintes do Ego:
1. Da juízo de realidade. O Id dá o nível do desejo. O Ego partirá do desejo, da imagem formada pelo processo primário, para tentar construir na realidade caminhos que possibilitem a satisfação do desejo.
2. Intermediário entre processos internos. Diante da manifestação do desejo, duas proibições podem opor-se: as proibições morais, oriundas do Superego, e as interdições da realidade objetiva. O desejo não conhece proibições. É necessário que o Ego, instância de realidade, nos estabeleça limites, ou possibilite-nos a aquisição de instrumentos para o voo.
3. Setor mais organizado e atual da personalidade. Cabe ao Ego organizar uma síntese atual, tornando o indivíduo único e original e permitindo-lhe uma adaptação ativa ao mundo presente em que vive.
4. Domina a capacidade de síntese. Aqui englobamos todas as funções lógicas do funcionamento mental, que para a psicanálise são atributos do Ego.
5. Domínio da motilidade. O domínio do esquema corporal instrumental, ou seja, o domínio das praxias é uma função do Ego.
6. Organiza a simbolização. O processo primário é plástico. O processo secundário, ao organizar a linguagem, organiza o domínio sobre as fantasias e fornece um instrumento de reter, elaborar e atuar sobre a realidade física e psíquica.
7. Sede de angustia.
a. Angústia real: normalmente dominada pelo medo.
b. Angústia neurótica: os desejos prevaleçam sobre os dados da realidade.
c. Angústia moral: é um sentimento acusatório no qual sentimos que erramos, que somos maus, e nada mais poderá ser feito a não ser espiar a culpa.
Superego
A terceira das instâncias dinâmicas da personalidade é o superego, responsável pela estruturação interna dos valores morais, ou seja, pela internalização das normas referentes ao que