Modelo ficha de leitura
Ficha de leitura – exercício nº 1
Metáfora: “Tudo o que temos cá dentro”
Esta metáfora baseia-se num romance de Daniel Sampaio (psiquiatra e terapeuta) que retrata o caso real de um jovem com… “muita coisa lá dentro”. Na verdade se colocarmos a nós próprios a questão “O que é tudo que se tem cá dentro?”, vemo-nos perdidos no longo trilho da subjectividade humana. E, afinal, temos todos tanta coisa. Somos, primeiramente, um ser biológico, químico ou físico, mas também um ser social e cultural com uma componente psicológica influente em toda a nossa vida. Somos aquilo que respiramos, cheiramos, pensamos, fazemos, e somos, também, o inverso, ou seja, aquilo que não pensamos e aquilo que não fazemos. Ás vezes somos aquilo que nunca imaginamos que fossemos, simplesmente aquela resposta nunca colocada. É neste sentido que parece que escondemos algo de nós a nós mesmos; as nossas insanidades, as nossas vergonhas, a função do nosso sintoma ou o sintoma da nossa função.
Porquê? “Em 1973 eu regressava da guerra e sabia feridos, do latir de gemidos, de minas, de ventres esquartejados pela explosão das armadilhas, sabia de prisioneiros e de bebés assassinados, sabia do sangue derramado e da saudade, mas fora-me poupado do inferno” António Lobo Antunes.
É nesta luta para nos “pouparmos do inferno” que escondemos tudo, tudo aquilo que um terapeuta tem de encontrar para conseguir uma mudança na estrutura de um sistema. Autores: Ana Paula Relvas.
Título: Conversas com famílias. Discursos e perspectivas em terapia familiar.
Ano: 1999.
Editor: Afrontamento.
Relvas, A. P. (1999). Conversas com famílias. Discursos e perspectivas em terapia familiar. Edições Afrontamento.
Resumo:
O capítulo sobre o qual nos debruçamos foca essencialmente uma nova forma de abordagem da psicopatologia centrando-se, particularmente, no estudo do valor do sintoma, sua função e seu processo de formação.
Assunto:
Num primeiro momento, o texto apresenta, a