Modelo de Administração de Ford

Até a Revolução Industrial, o processo produtivo era extremamente simples, tendo como base a divisão de trabalho a partir de funções especializadas, executadas no próprio ambiente doméstico. Com o advento da invenção das máquinas, o sistema produtivo foi adquirindo crescente complexidade. Surgiram as fábricas, reunindo grande número de trabalhadores e métodos mais sofisticados de divisão de tarefas, passando a se fazer necessária, também, uma nova forma de se gerir a produção.
Em um primeiro momento, as técnicas produtivas voltaram-se especificamente para a racionalização dos esforços e a simplificação dos processos. Um dos maiores exemplos neste sentido foi o modelo adotado por Henry Ford em sua fábrica de automóveis. A Ford obteve um sucesso estrondoso, por conseguir produzir um carro resistente, de fácil manutenção e extremamente barato – o Modelo T chegou a ser vendido por apenas 500 dólares. O segredo desse sucesso residiu em uma série de aperfeiçoamentos do processo produtivo, com destaque para as seguintes medidas, conforme relata Maximiano (Maximiano, Antônio César Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 1996):
• Emprego de peças intercambiáveis – as peças precisam ser totalmente padronizadas, exatamente iguais, para que possam ser utilizadas com eficácia em uma produção em série.
• Simplicidade e redução do número de peças – uma medida óbvia quando se deseja fazer um produto simples e barato é a diminuição do número de seus componentes.
• Especialização do trabalhador – se antes cada operário desenvolvia uma série de tarefas, constituindo um conjunto complexo de operações, a partir daí cabia a cada pessoa apenas uma tarefa bem específica, simples e repetitiva.
• Linha de montagem móvel – antes os operários precisavam deslocar-se pela fábrica, indo buscar as peças no almoxarifado e depois andando de carro em carro para montá-las. Ford instituiu um novo sistema, no qual os trabalhadores ficavam parados, tendo as peças de que