Modal rodoviario
Na Idade Média européia, o homem preferiu o cavalo a outros veículos, maisutilizados pelas damas da nobreza. Difundiu-se o uso da basterna, aristocráticaliteira medieval puxada por mulas ou cavalos. Em meados do século XV, surgiu naHungria um novo tipo de veículo, o coche.Mais leve, com as rodas traseiras mais altas que as dianteiras e suspensãode carroceria por meio de correntes e correias, o novo modelo representou maior conforto para os passageiros.O êxito da suspensão contribuiu para a difusão da carruagem. Convertida emelemento de prestígio e ostentação, ela se tornou o meio de transporte urbano por excelência da alta sociedade no século XVII. Foi na Itália que a carruagem alcançoua máxima difusão. Chegou-se a contar em Milão, no fim do século XVII, mais de1.500 veículos desse tipo. Diante da ocorrência de acidentes e atropelamentos, aautoridade se viu obrigada a limitar a velocidade das carruagens e a proibir quemenores de 18 anos as conduzissem.O transporte coletivo urbano, praticamente inexistente durante todo esselongo período, surgiu entre os séculos XVIII e XIX, com a utilização de ônibus oubondes que circulavam sobre trilhos de ferro puxados por cavalos.No Brasil, a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, em 1808, marca oinício da história do transporte. Com Dom João VI chegam as três primeirascarruagens: a do Príncipe Regente, a de Dona Carlota Joaquina e a da rainha DonaMaria Primeira. A presença da Família Real provoca grande transformação nacidade do Rio de Janeiro. Com ela chegam 15 mil pessoas, o que exige umaprofunda transformação na cidade que, na época, tinha 57 mil habitantes. Para seter uma idéia, no período de 30 dias, de janeiro para fevereiro de 1808, a cidadepassa de 57 mil para 72 mil habitantes. E a nobreza que serve a Família Realprecisa se acomodar no centro da cidade. São, então, confiscadas as melhorescasas do centro, empurrando para a periferia os que viviam nessa parte nobre dacidade.
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