MOCAMBOS
De acordo com os estudos históricos, o que caracteriza o quilombo, portanto, não é o isolamento e a fuga e sim a resistência e a autonomia, é o movimento de transição da condição de escravo para a de camponês livre.
Os quilombos tinham várias formas de organização, mas sempre tendo como objetivo a fuga do sistema escravista. Muitas vezes, internamente, reproduziam sua própria economia, mesmo sendo grande parte voltada para a agricultura, em face da tradição dos povos africanos, não havia uma certa uniformidade. Para alguns havia, ainda, sete diferentes tipos de quilombolas, sendo eles:
- Os agrícolas, que prevaleceram por toda as partes do Brasil; Os extrativistas, característicos do Amazonas, onde viviam de drogas do sertão; os mercantins, também na Amazônia, que adquiriam, diretamente de tribos indígenas, as drogas para mercadejá-las com os regatões; os mineradores, em minas Gerais, Bahia, Goiás e Mato Grosso; os pastoris, no Rio Grande do Sul, que criavam o gado nas campanhas ainda não apropriadas e ocupadas por estancieiros. Os de serviços, que saíam dos quilombos para trabalhar nos centros urbanos e os predatórios, que existiam um pouco por toda parte e viviam dos saques praticados contra os brancos. Nos seis últimos tipos, a agricultura não estava ausente, mas desempenhava um papel subsidiário.
Mesmo com os relatos na histórica representa tarefa difícil delimitar o número de habitantes dentro dos Palmares. Porém, a estimativa aceita é que no ano de 1670 existiam cerca de vinte mil habitantes.
A população vivia à base de agricultura, coleta de frutas, pescas e caça. Quase todas as mulheres praticavam artesanatos comercializados com regiões vizinhas. O crescimento aconteceu em níveis significativos ao passo dos colonos alugarem terras para plantar em troca de armas e munição à luta contra a elite dominante do nordeste brasileiro colonial.
Quanto à organização política dos Palmares as informações