Revolta dos palmares
Durante cerca de 94 anos a região dos Palmares em Alagoas e Pernambuco foi alvo de investidas holandesas e portuguesas para ali destruir o grande Quilombo dos Palmares, uma grande confederação de mocambos .Estes povoados dos escravos fugidos dos engenhos e fazendas que ali foram se reunindo, prosperando e desfrutando da liberdade, que a Escravidão lhes tolhia.
O Quilombo dos Palmares ocupou uma faixa de terra de cerca de 200 km, em grande parte montanhosa e coberta de espessa mata, paralela ao litoral e que se estendia do Cabo Santo Agostinho em Pernambuco, até o Rio São Francisco em Alagoas.
Os Palmares eram atravessados por 9 rios que alimentavam uma mata fechada e por via de conseqüência a fertilidade do solo.
A mata e a montanha na Serra da Borborema tornavam o Quilombo dos Palmares de difícil acesso, proporcionando seguro abrigo a seu povo e, além, terreno ideal para a defesa a base de guerra de guerrilhas ,com táticas indígenas e africanas integradas e que ali foi denominadaGuerra do Mato.
O Quilombo dos Palmares cresceu em número que estatísticas imprecisas avaliam em 6.000 a 20.000 quilombolas, incluindo neste número mulatos, índios, ex-escravos e supõe-se até brancos com dívidas com a Justiça.
A concentração foi facilitada pela desintegração da economia nordestina em especial por estarem as autoridades luso-brasileiras da área voltadas para o combate às invasões holandesas em Pernambuco e Alagoas 1630-54.
Depois da expulsão dos holandeses as administrações coloniais, de Pernambuco e Olinda, não puderam controlar o Quilombo dos Palmares e nem com o auxílio dos senhores de engenho, também em sérias dificuldades. Pois foram obrigados a contrair empréstimos com comerciantes do Recife – os Mascates – circunstância que daria origem a Guerra dos Mascates, entre a Aristocracia, canavieira, falida, e os portugueses no Recife ,em 1710, decorridos 16 anos da destruição do Quilombo dos Palmares.
Sem meios para reduzir o