Economia

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Conheçemos o de Zumbi dos Palmares como um herói racial e Tiradentes como um herói nacional.Assim como no caso de Zumbi e de Palmares, houve um certo silêncio sobre o movimento dos inconfidentes. Procurou-se apresentar Tiradentes e a Inconfidência Mineira como uma conspiração contra a ordem estabelecida pela Coroa Portuguesa. Destacar a história desta revolta de outra maneira seria incorrer no perigo de alimentar as ameaças republicanas ao Império, uma vez que o país tinha testemunhado uma onda de rebeliões regenciais com traços separatistas que ameaçavam a unidade territorial e o poder da Monarquia.
Ao retratar Zumbi e Palmares, privilegiou os instantes finais dos quilombos, que apareceram ao longo das guerras holandesas, na região da Serra da Barriga, em Alagoas. Na descrição das operações de ataque a Palmares, Macedo ressaltou o valor dos paulistas e a valentia dos atacados e, após muita luta, a vitória da ordem. Quanto aos líderes do quilombo, entre eles Zumbi, o autor anotou que estes preferiram a morte à escravidão, atirando-se do alto de um penhasco. Palmares e a Inconfidência Mineira representavam movimentos de ruptura e contestação do passado colonial português, do qual o Império brasileiro era descendente e tributário. Realçar as lutas da Serra da Barriga e de Vila Rica de forma negativa ou omitir sua memória era uma estratégia para se preservar o discurso de elogio à colonização.
A partir da Primeira República (1889-1930) foi que começou a se pensar Palmares como símbolo da liberdade, e posteriormente o seu reconhecimento como o maior feito da raça africana no Brasil. Zumbi foi retratado como liderança negra, entretanto, representante de um movimento inexperiente de liberdade. Neste contexto houve uma forte leitura abolicionista pelos livros didáticos da história de Palmares e de Zumbi.
Os republicanos criaram uma nova leitura sobre a Inconfidência Mineira, elevada agora à condição de movimento símbolo da luta republicana. A figura de Tiradentes foi

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