Mobilidade Urbana ou Imobilidade Humana
A mobilidade urbana é um dos maiores problemas enfrentados pelas cidades atualmente. Fato esse que pode ser tratado como um desafio: reorganizar as circulações que compõem as cidades já consolidadas e planejar as que estão crescendo. Os grandes deslocamentos em busca de serviços, estudos, lazer e novas oportunidades contribuem para que essas movimentações sejam ainda maiores e surge daí a necessidade de harmonizar os deslocamentos e amenizar os impactos negativos gerados pelo transporte urbano, tanto nas próprias cidades quanto nos usuários.
A ascensão do automóvel talvez seja o mais importante responsável pela imobilidade urbana (ou humana), em função da paralisação do trânsito e o desperdício de tempo em congestionamentos, além dos problemas com a ocupação dos espaços públicos e a poluição ambiental. Tendo em vista que a tendência é que aumente cada vez mais a frota de automóveis circulando pelas cidades, pode-se dizer que deslocar-se pelas ruas será um desafio cada vez maior para a população, o que reforça a necessidade de se pensar em alternativas para evitar os impactos negativos causados pelo aumento dos automóveis.
Há um consenso de que o ideal seria a diminuição da frota de automóveis por medidas que priorizem o uso de outros meios de transporte, como os transportes coletivos integrados e bicicletas, que além de “desafogarem” o trânsito contribuem para a melhoria do espaço urbano. A opção por transportes não motorizados, como é o caso do uso das bicicletas e o transporte a pé, é uma alternativa que vem ganhando força, mas sem ciclovias ou ciclofaixas e calçadas adequadas este tipo de deslocamento perde a credibilidade dos usuários.
A oferta por ônibus de pouca qualidade, trens e metrôs lotados sem manutenção e o baixo investimento em infraestrutura, são cenários que caracterizam a “insustentabilidade” dos transportes públicos e coletivos e forçam a população a optarem pela compra de automóveis. A