Mobilidade Social inter e intra-geracional
A mobilidade intergeracional entre classes sociais compara as características socioeconómicas dos indivíduos, famílias ou grupos com as dos seus pais ou dos quais tenham tido origem. As características abordadas e mais estudadas na delimitação das classes sociais são a educação, ocupação e rendimento.
Neste artigo são-nos apresentados alguns estudos sobre esta temática dos quais realçamos os mais relevantes.
Em 2004, Breen e Luijkx estudaram a mobilidade social intergeracional em dez países europeus e descobriram que os países diferem nas hipóteses de os indivíduos subirem nas classes sociais. Por outras palavras, a mobilidade social intergeracional varia de país para país. Enquanto uns evidenciavam uma tendência baixa na mobilidade intergeracional, outros expressavam uma maior abertura nos movimentos entre classes sociais. A conclusão refere que não existe uma tendência para a convergência das hipóteses de os indivíduos se movimentarem entre classes, mas existem indícios de uma convergência ao nível das estruturas das classes sociais pelas sociedades europeias.
Em 2006, Corak analisou a mobilidade intergeracional do rendimento (remuneração) e observou diferenças ao nível de remuneração que transita entre gerações, mostrando que as espectativas de a geração seguinte manter o mesmo nível de remuneração difere entre países.
D’Addio em 2007 veio dar consistência ao estudo de Corak referindo também que a mobilidade intergeracional do rendimento se mostra maior nos países nórdicos. Afirma ainda que as diferenças dos níveis de educação tendem a persistir ao longo das gerações.
Jäntti, com um estudo de 2006, concluiu que existem diferenças de mobilidade intergeracional do rendimento entre os homens e as mulheres, sendo esta consistentemente maior para as mulheres. Isto porque o coeficiente de correlação se mostrou maior para os homens, indicando uma maior relação entre o rendimento do pai e do seu filho em adulto, enquanto que as