Mobilidade intrametropolitana
Entre todas as regiões metropolitanas brasileiras, a do Rio de Janeiro (RMRJ) - que abrange 17 municípios ao longo de seus 4.686km² - é a que tem a maior concentração econômica e demográfica, apresentando uma população de 10.710.515 habitantes (aproximadamente a população de países como a Bélgica, Portugal ou Cuba, por exemplo), a maior densidade demográfica - 2.285,5 hab/km² - e, ainda, a maior taxa de urbanização – 99,5%. Essa grande concentração tem sua explicação na importância histórica da RMRJ e, notadamente, do seu núcleo – a cidade do Rio de Janeiro - que foi capital do território brasileiro por 197 anos – de 1763 (capital Colonial) até 1960, quando a capital foi transferida para Brasília. Fato que muitos hoje desconhecem é que foi o Estado do Rio de Janeiro, e mais especificamente, sua capital, que liderou a transição do modelo agro-exportador para o urbano-industrial, no início do processo de industrialização, só tendo sido suplantado pelo Estado de São Paulo a partir da década de 30. No Rio de Janeiro, e mais destacadamente em seu núcleo metropolitano, se destaca ao lado do processo de industrialização, uma precoce, porém robusta, terceirização de sua economia, alicerçada tanto na sua capacidade polarizadora de serviços e infra-estruturas públicas, como na liderança da integração do comércio nacional com o mundial. Como a evolução do setor de serviços está historicamente ligada à intensificação do processo de urbanização, pode-se inferir que essa concentração no