O artigo “A Expansão Urbana da Região Metropolitana de Belo Horizonte e suas implicações para a redistribuição espacial da população: a migração dos ricos” de Renata Guimarães Vieira de Souza e Fausto Reynaldo Alves de Brito, menciona que o crescimento demográfico da RMBH se encontra em alguns municípios da região metropolitana e não na capital e que essa é uma das principais causas da mudança no comportamento das migrações intrametropolitanas, que são aquelas que ocorrem entre a região metropolitana de uma cidade principal. A migração intrametropolitana, além de fundamental para o estudo da redistribuição espacial da população das áreas metropolitanas, se tornou essencial para se entender a mobilidade pendular da população nos aglomerados metropolitanos. A redistribuição populacional se encontra associado com o mercado imobiliário que segrega a população carente para a periferia, que é caracterizada pela implantação de loteamentos sem infra-estrutura básica. Fatores como a violência, falta de segurança, poluição, combinado à procura de uma melhor qualidade de vida, acarreta no deslocamento de pessoas mais ricas, que ocupam empreendimentos exclusivos, como por exemplo condomínios fechados. Um grande exemplo é o município de Nova Lima, característico desse tipo de ocupação. Ele vêm se tornando importante no contexto metropolitano, tanto do ponto de vista imobiliário, quanto empresarial. A região é, ainda, marcada, historicamente, pela intensa atividade mineradora de extração de ouro e de ferro, estando, atualmente, em fase de arrefecimento. Pode-se dizer que o movimento migratório intrametropolitano está relacionado ao movimento de pessoas com diferentes níveis de renda em função da dinâmica do mercado de trabalho e, principalmente, do mercado imobiliário. Esse, por sua vez, regula o preço da terra e faz com que as pessoas mais pobres e de com menor nível de escolaridade, sejam afastadas da capital por não conseguirem arcar com o alto preço.
Além do aumento