Mitos e logos

Mito e logos, lugares da Filosofia

e seus significados e origens.
O termo mito sempre soa como algo complexo no sentido de conceitua- ção. No dicionário Aurélio, encontramos o significado “Narrativa dos tempos fabulosos ou heróicos”, em grego μυθικός (mitikós) significa fábula.
Porém, no dizer de Junito Brandão, Severino Croatto e Mircea Eliade, o mito não é caracterizado como fábula, pois é um relato de acontecimento originário, ou chamado de acontecimento primordial, em tal história que é sagrada conta com a presença de personagens deuses ou heróis, e não com a presença de seres humanos.
Mesmo no dicionário Aurélio, como no grego, o termo parece estar distante de nós, caso que é contrário. Em nosso cotidiano o mito está tão presente que compõe e recompõe a construção de nossa história. Junito
Brandão diz que da mesma forma que os pais ensinam seus filhos como é a vida pelo relato de suas experiências, os mitos fazem a mesma coisa, porém ampliando o sentido através do imaginário
.
Como o mito está intrinsecamente ligado ao sagrado, sua finalidade é dar sentido à realidade e como diz Eliade “o sagrado é real por excelência”.
Sendo assim, o mito não se compõe como uma fábula, pois a fábula não se liga ao real, mas apenas ao imaginário. Isso não quer dizer que o mito seja puramente real, ele é a mescla entre o real e o imaginário. O imaginário se compõe através da literatura que é outra característica do mito, no entanto, não dá para fazermos leituras simplistas de que há no mito apenas realidade, ou que não há nenhuma realidade no mito.
O relato do texto bíblico sobre a criação, diz que Deus criou, no início, o céu e a terra e, a cada dia, algumas criações até chegar ao sexto dia, a criação do homem e mulher. Este é um relato crido por muitos, o ser humano sabe que existiu um início para tudo, mas como foi este início? Ele não sabe precisamente, porém crê que um absoluto, inatingível, Deus, criou todas as coisas, em uma ordem precisa