mitos e logos
A verdade, porém, é que há uma (co) implicação mito-logos. O ser humano é um misto de fé e de razão, de imaginário e de racional. Se dermos muita atenção ao sentimento, prejudicaremos a razão; se dermos muita atenção à razão, poderemos cair na mesma armadilha em que caiu Descartes, ao afirmar que é pela razão que conhecemos a Deus. O pensamento correto seria: somente depois de sentirmos Deus dentro de nós é que teremos condições de analisá-Lo à luz da razão, e não o contrário. Antes de ser racional o ser humano é afetivo. Os mitos podem ser divididos em “mitos com Criação” e “mitos sem Criação”. Nos “mitos com Criação”, admite-se o surgimento do Universo num tempo zero. Nesse caso, o Universo pode ter sido criado por Deus, emergido do Vazio absoluto, ou surgido da tensão entre a Ordem e o Caos. Exemplo: a criação bíblica, descrita em Gênesis, 1, 1 a 5. Nos “mitos sem Criação”, não se admite um tempo zero. Nesse caso, o Universo existe e existirá para toda a eternidade ou o Universo será continuamente