Mito e esteriótipo resumo
- Os ritos modernos do consumo.
No texto Publicidade e Mito, Malena Contreta lida com outro tipo de mito, este que é chamado de mitos da mídia, que são o da criação de tipos, criados a partir de uma estética do estereótipo da produção em série, com o objetivo de incentivar o consumo em massa. Isso “se dá a partir da cultura de massa: a noção de pertencência e participação cultural são fundamentais para o sentido de identidade sociocultural, é substituído pelo consumo.”
A autora diz que essa necessidade de pertencência aponta para a questão-chave do processo que está por trás de toda a vida: a da formação de vínculos. Sem a formação de vínculos, segundo a autora, não há nenhuma possibilidade de comunicação em nenhuma instancia de vida. Vínculos são, portanto, simplesmente essenciais e indispensáveis.
Segundo Contreta, a sociedade contemporânea de massas, que são voltadas para a estética do padronizado, produzindo e vendendo em larga escala, recolhe da vasta teia de relações do mito um ou outro elemento iconográfico, uma ou outra relação, um ou outro elemento temático, destruindo o contexto, eliminando essa noção de teia que caracteriza o mito. O mito precisa ser rememorado para não perder sua validade, todo mito só sobrevive por meio do ritual.
Ao estudar o pensamento mítico, encontramo-nos necessariamente com os rituais, já que uma das funções específicas do ritual é a de rememorar o mito, mantê-lo vivo por meio de procedimentos e situações que vão dos mais festivos aos mais sóbrios, mas que têm como característica básica o fato de serem partilhados, de repetirem-se ciclicamente, regularmente, e de possuírem toda uma organização interna, completa a autora, ainda que afirma que é correto dizer então que o traço mais essencial do pensamento mítico original que permanece na mídia e na publicidade e propaganda é principalmente essa repetição, essa regularidade, mimese redutora do ritual.
Malena