Mito e Dogma, definição e exemplos
Do grego mythos (“conto”), um mito remete para um relato de feitos maravilhosos cujos protagonistas são personagens sobrenaturais (deuses, monstros) ou extraordinários (heróis).
Diz-se que mito são histórias verdadeiras, fazem parte de um sistema religioso de uma determinada cultura. Têm a função de proporcionar um apoio narrativo às crenças centrais de uma comunidade.
O mito é um relato oral. Com o passar do tempo, os seus detalhes vão variando à medida que vão sendo transmitidos os conhecimentos de geração em geração. Quando as sociedades desenvolveram a escrita, o mito foi reelaborado em termos literários.
Na antiguidade, as explicações científicas começaram a competir com as míticas, o termo mito adquiriu um contexto desagradável, passando a ser utilizado como sinônimo de uma crença ampliada embora falsa ou de uma narração mentirosa.
Por outro lado, o conceito de mito também costuma ser usado para fazer referência a personagens ou acontecimentos históricos, enquanto adjectivo. Por exemplo: “Eusébio é uma figura mítica do futebol”.
Mito é diferente de lenda, porque uma lenda pode ser uma pessoa real que concretizou feitos fantásticos, como Pelé, Frank Sinatra, etc.
Os especialistas fizeram a distinção entre várias classes de mitos, como é o caso dos cosmogónicos (que procuram explicar a criação e o ordenamento do mundo), dos teogónicos (relatam a origem e o nascimento dos deuses), dos antropogónicos (narram a criação do homem) e dos fundadores (nascimento das cidades), entre outros.
- Tipos de Mitos:
Cosmogonias: mitos de origem e destruição, incluindo os messiânicos e milenários.
Mitos folclóricos
Mitos fundadores, onde se explica a origem de um rito, uma crença, uma filosofia, uma cidade ou comunidade
Mito narrativo
Mitos de providência e destino
Mitos de renascimento e renovação, incluindo os de memória e esquecimento
Mitos de seres superiores e seus descendentes
Mitos de tempo e eternidade
Soteriológicos: de salvadores e heróis
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