Jung - Psicologia e Religião

1223 palavras 5 páginas
Definição de Religião

Jung (1971) vai dizer que a Religião é “como diz o vocábulo latino religere: uma acurada e conscienciosa observação daquilo que Rudolf Otto acertadamente chamou de‘numinoso’, isto é, de uma existência ou um efeito dinâmico não causado por um ato arbitrário (numinoso)”. O autor continua dizendo que o numinoso constitui uma condição do sujeito, e é independente de sua vontade.O cerne da Religião se encontra neste numinoso, no seu caráter incontrolável e impossível de ser conceituado. A religião seria uma atitude particular de uma consciência transformada pela experiência do numinoso. Jung vai trazer também a palavra ”religare”, do latim, que significa tornar a ligar, a religião neste sentido traria um equilíbrio mental à personalidade humana visto que tem a função de religar o consciente e o inconsciente através dos seus símbolos. Por fim, a religião é encarada por Jung como uma atitude do espírito humano, de acordo com o termo “religio”, uma observação e consideração cuidadosa de certos fatores dinâmicos, percebidos como “potências”, que incluem espíritos, demônios, deuses, leis, ideias, ideais, etc. Em síntese, tratam-se de fatores que o ser humano vivencia como suficientemente poderosos, perigosos, belos ou portadores de sentido para considerá-los, e que agem sobre ele e seu estado geral.
O autor chega à conclusão de que a religião tem a finalidade evidente de substituir a experiência imediata por um grupo adequado de símbolos envoltos num dogma e num ritual fortemente organizados. E ainda afirma que a Igreja Católica, por exemplo, os mantém (os símbolos) por força de sua autoridade absoluta, e os homens estarão adequadamente protegidos contra a experiência religiosa imediata, enquanto este princípio for válido; pois, se apesar de tudo acontecer algo, pode-se recorrer à Igreja que está em condições em dizer se a experiência provém de Deus ou do diabo, se deve ser repelida ou aceita.

Dogma e Teorias Científicas (Jung) X Ciência e

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