TCC - Psicologia e Religião
O presente trabalho visou compreender, à luz de Freud e de Jung, qual o papel da crença religiosa na constituição da subjetividade humana, o que nos revelará também, a própria compreensão de como ambos os autores compreendem a religião.
Talvez não haja um aspecto da vida social que tenha maior interesse psicológico do que a religião. Em particular, o interesse por este tema surgiu da curiosidade que deriva dos mistérios que circundam a religião, bem como, saber de sua influência na constituição da subjetividade humana. Pode-se facilmente observar as conexões da religião com os aspectos do funcionamento mental. A religião faz do mundo inteiro uma nova versão da família da criança pequena, uma família em que o crente é uma criança, e os sacerdotes são os pais.
Como seus pais, eles lhe dirão como deve comportar-se, o que deve ou não desejar, e responderão a suas perguntas sobre o mundo, especialmente como o mundo começou questões que todo adulto deseja saber, assim, como toda criança deseja saber como seu pequeno mundo começou, isto é, como ela foi feita.
Com relação à religião, esta visto que os questionamentos virão de todos os lados. Primeiramente, lembra Freud, a suspeita foi lançada em direção aos milagres. Depois passaram a ser contestadas as doutrinas cristãs com relação à explicação da origem do universo. A religião promete aos homens proteção e felicidade, bastando para tanto o comprimento de determinados requisitos morais, parece não ser verdade, escreveu Freud que existe um poder no universo que vela pelo bem estar dos indivíduos com desejo parental e conduz todas as coisas a um desfecho feliz, a mais severa critica da psicanálise a religião segundo Freud, é que a religião se originou do desamparo da criança prolongando na idade adulta. No lugar do pai protetor da infância, o homem adulto põe Deus, Pai todo poderoso, a quem deveria louvar e dar graças em todo o tempo e lugar (NAZAR, 1964, p 8).
Toda religião propõe uma explicação