Mito e discurso de Protágoras
Em um tempo onde só existiam deuses e não haviam raças mortais... os mortais foram determinados a serem lançados à luz e a partir de então foram sendo criados. Cada ser receberia força, velocidade, armas, asas, sendo modelados de acordo com a terra que habitariam. Assim capacitou-os, os irmãos Prometeu e Epitemeu.
Deram-nos pelos, pele, cascos, patas, inclusive o dom da reprodução. Epitemeu chegando ao dia que seria conferido para a criação das raças mortais, percebeu que a fala não havia sido dada a nenhum membro daquela criação, a raça humana não havia recebido tal nada.
Epitemeu (aquele que pensa após), ficou sem saber o que proferir e como proferir. Seu irmão prontamente proferiu ao homem com a sabedoria artística de Hefesto e Atenas. O homem detinha a sabedoria mas não possuía a sabedoria politica para conviver em sociedade uns com os outros, esta, estava com Zeus.
Não tendo tempo hábil mais para tal ação, Prometeu então rouba a arte do fogo, da sabedoria, por tal ato foi perseguido e tido como ladrão entre os deuses.
O homem passou a cultivar em seu território, fundou cidades para viverem mas não lidavam bem devido a arte política da boa convivência, faltava bom senso. Temendo a extinção da nossa raça, Zeus levou aos homens respeito e justiça para que laços fraternos e de amizade fossem cultivados em todos. Nada sendo inato era preciso mudar de acordo com a evolução do tempo e as mudanças decorrentes. Hermes, encarregado de distribuir o respeito e a justiça entre os homens, perguntou a Zeus como proferi-las. E assim foi o mito da constituição do ser político da boa convivência.
O conceito de comunidade e sociedade é bem demarcado neste mito, nesta passagem. Respeito e justiça devem ser distribuídos por igual, afinal se um nos falta, a harmonia necessária para a boa convivência