Sofismo-os mestres
PROTÁGORAS
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são." * Para ele medida significava juízo e as coisas são os fatos e as experiências das pessoas. Com essa máxima Protágoras tinha por objetivo negar um critério absoluto para distinguir o ser do não-ser. O critério para a diferenciação torna-se o homem, cada homem. * "As Antilogias" mostraram uma natureza instável e indecisa, desempenhando sempre um duplo papel. * Antilogia – a respeito de todas as questões há dois discursos, coerentes em si mesmos mas que se contradizem um ao outro. * Cada indivíduo é, certamente, a medida de todas as coisas, mas muito fraca se permanece só com a sua opinião. O discurso não partilhado constitui o discurso fraco, mal chega a ser discurso, porque a comunicação supõe algo de comum. Pelo contrário, quando um discurso pessoal encontra a adesão de outros discursos pessoais, este discurso reforça-se com o dos outros e torna-se um discurso forte. * Se cada um é capaz de possuir a virtude política, isso significa que na cidade se pode constituir um discurso unânime ou, pelo menos, maioritário, que constitui o discurso forte. O discurso forte tem como fundamento a experiência política. Esta experiência é a da democracia, na qual não se pesam as vozes, contam-se. Portanto, a constituição do discurso forte é uma tarefa essencialmente colectiva. * Para Protágoras, portanto, tudo é relativo: não existe um "verdadeiro" absoluto e também não existem valores morais absolutos ("bens"absolutos). Existe, entretanto, algo que é mais útil, mais conveniente e, portanto, mais oportuno. * O bem e o mal seriam, respectivamente, o útil e o danoso; e o melhor e o pior seriam o mais útil e o mais danoso
GÓRGIAS
* Para Górgias as coisas não são mais do que não são. Ainda que o ser existisse, não podia ser nem gerado, nem não gerado. As coisas que vemos e ouvimos existem porque são