Missão Francesa
Em meio às mudanças que aconteciam na Europa no período da Revolução Francesa, em relação à ascensão da burguesia e seus ideais de progresso e conforto, surge o ecletismo, como um estilo que busca inspiração na história para criação de uma nova linguagem arquitetônica, aproveitando-se dos avanços técnicos da engenharia.
Os precedentes da chegada desse estilo ao Brasil estão na vinda da família real, que trouxe com ela a Missão Francesa a fim de tornar o Rio de Janeiro uma cidade digna à realeza. A partir disso foi criada a Academia de Belas Artes com sua vertente do neoclassicismo, que logo tornou-se o estilo oficial do Império. A partir de 1860 começaram a surgir as primeiras manifestações românticas na arquitetura, mesmo se tratando de construções menos reconhecidas, o que acabou abrindo as portas para que outros estilos passassem a ser utilizados. Agora em fase final, o ecletismo tornou-se enfim consolidado com o fim de qualquer pretensão a exclusividades estilísticas. Entretanto, podemos notar claramente divergências e contradições existentes entre o ecletismo na Europa e no Brasil. A mais marcante delas está no objetivo do estilo na Europa, que era o resgate da história dos países, de forma a afirmar a identidade nacional (razão influenciada pelo contexto histórico da Revolução Francesa e da criação do Estado italiano e germânico). Porém no nosso país, o estilo foi totalmente importado, marca da europeização que se passava aqui na época. Quando finalmente foi percebido o “equívoco” no uso dessa vertente (de acordo com Lúcio Costa os estilos não condiziam com o clima do Brasil, por exemplo), foi notado como a arquitetura brasileira foi pouco estudada, o que acabou se refletindo nas obras neocoloniais, que muitas vezes abordavam apenas o barroco mineiro, somente parte de nossa história arquitetônica.
Ainda em relação à importação do estilo, as inspirações são vindas principalmente da França, importante polo cultural da Europa na