Miseria no triangulo mineiro
Mais de 98 mil pessoas no Triângulo Mineiro vivem na linha da pobreza, com menos de R$ 140 mensais. Destas, 36 mil sobrevivem em miséria, com renda mensal per capita de R$ 70. Em Minas Gerais, o número de pessoas em condições de pobreza chega a 900 mil. No país, são 16 milhões.
Os dados do IBGE 2010 foram utilizados nesta quinta-feira (29), pela manhã, no Anfiteatro do bloco 2A do campus Umuarama da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), como base para o Seminário Pobreza e Desigualdade.
Promovido em 12 cidades do estado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com o apoio de 80 entidades, o Seminário visa avaliar as políticas públicas locais e reunir propostas que vão integrar a lei orçamentária anual (LOA) e o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) no enfrentamento da situação atual.
Diversos temas distribuídos nos eixos “Desenvolvimento Social” e “Desenvolvimento Econômico Sustentável” foram discutidos no Seminário. O aumento do índice de criminalidade e sua relação com a pobreza em Uberlândia foi um dos pontos de destaque. O presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro, defendeu a organização de um “mutirão solidário” para combate dos problemas. “Vamos identificar de forma mais criteriosa as causas desses malefícios e com coerência, interação entre município, governo do estado e federal, apresentar propostas consistentes para eliminar isso”, disse.
Para o deputado André Quintão, presidente da Comissão de Participação Popular da ALMG, a mudança vai além de políticas de promoção social. “A superação da pobreza deve ser associada com a emancipação do ser humano e sua incorporação no mundo do trabalho”, disse.
As sugestões reunidas nos eventos regionais serão discutidas em um encontro final, previsto para acontecer de 24 a 26 de outubro, em Belo Horizonte.
Região tem disparidades
O Triângulo Mineiro é uma das regiões mais desenvolvidas do Estado. A população considerada pobre