Minha Primeira Visita à Semco
Quem me conhece há algum tempo sabe que um dos cases que mais me interessa é o grupo brasileiro Semco. É difícil definir essa empresa que existe desde a década de 50 e passou as últimas décadas se reinventando, passando desde fornecedor da indústria naval, passando por serviços imobiliários com a Cushman & Wakefield, serviços e consultoria ambiental com a ERM, informatização de inventário com a RGIS, investimentos com a Tarpon, soluções de gerenciamento postal de documentos com a Pitney Bowes. Ela acredita em diversificação de negócios, fez diversas joint ventures, já revendeu várias delas. Em seu pico chegou a ter mais de 5 mil colaboradores.
Hoje, fiz minha primeira visita à sede da Semco, em Santo Amaro. O vídeo abaixo foi feito durante o horário do almoço, por isso parece tão vazio Espero poder retornar e inclusive visitar as outras filiais e fábricas.
(clique na imagem abaixo para assistir o vídeo)
A Semco se tornou destaque mundial por causa de sua inusitada forma de gestão, iniciada pelo visionário Ricardo Semler, autor dos livros Virando a Própria Mesa e Você Está Louco. Semler foi vice-presidente da FIESP, articulista da Folha de S.Paulo, professor visitante da Harvard Business School. Já viajou o mundo explicando como implementou Gestão Participativa em suas empresas e depois de tudo isso atualmente prefere se manter mais reservado.
Quando a Semco começou esse processo de Gestão Participativa no começo dos anos 80, poucos poderiam imaginar que daria certo e até hoje muitos preferem imaginar que foi mais uma questão de sorte do que de técnica, já que eles praticam o contrário do que é conhecido hoje como “senso comum” em gestão e administração de empresas.
Para começar, os números da empresa são abertos a todos os funcionários, lucros, fluxo de caixa, gastos, etc. Todos tem remuneração variável onde o variável é proporcional às metas da empresa como um todo, metas do departamento e metas individuais, negociadas