Mimimi
- Quando foi proibido
- Algo curioso na proibição
- Como foi o pedido no Conar para que a propaganda fosse modificada.
“Aqui na Brazilândia a coisa muda de figura. Propaganda comparativa é raro e é quase um crime. Uma das melhores campanhas que eu me recordo foi a do Mon Bijou da Bombril vs Comfort. A Unilever não clicou em Curtir e resolveu apelar ao CONAR – Conselho de Autorregulamentação Publicitária. Abro parênteses: é incrível como o CONAR nessas horas é rápido. Mais incrível é o que ele deixa passar. Por exemplo: quantas vezes você já se deparou com filmes de automóvel em que o carro dá cavalinho de pau, vendendo de modo quase ostensivo a potência do motor e um modo de “pilotar” que não encontra muito respaldo nas estatísticas de trânsito no Brasil? - Ah, isso não tem problema não, o carro está num autódromo e o anunciante tem que inserir o lettering USE CINTO DE SEGURANÇA no filme… Melhor fechar parênteses e voltar ao assunto: o problema é que a campanha do Mon Bijou caiu no gosto do público. O CONAR, em dois ou três dias, mandou tirar o filme do ar. A estratégia da agência foi fazer um novo filme (reza a lenda que esse segundo filme já estava pronto) que ficou ainda melhor que o primeiro.”
“O importante é que a propaganda comparativa seja uma forma criativa e inteligente de comunicar o posicionamento da marca, especialmente se a estratégia de posicionamento escolhida for “concorrência”, como é o caso da Hyundai, que consistentemente compara seus produtos e a própria marca corporativa aos concorrentes.
Reconhecendo a evolução da prática, o CONAR passou a aceitar a propaganda comparativa desde que não seja caracterizada concorrência desleal, a comparação seja feita de forma objetiva e possa ser comprovada.
Obviamente não se quer criar um clima de faroeste entre marcas concorrentes, mas admitir que a comparação pode ser esclarecedora para os consumidores é uma eficiente estratégia de comunicação para as