Milho Verde
ÁRVORE DO CONHECIMENTO
Milho
Equipe editorial
Ajuda
Milho Doce
Autor(es): Israel Alexandre Pereira Filho ; José Carlos Cruz ; Rodrigo Veras da Costa
Introdução
O caráter doce no milho deve-se a uma mutação que, quando presente, resulta no bloqueio da conversão de açúcares em amido no endosperma. Para efeito prático, pode-se dividir o material em dois grupos: superdoce (contendo o gene brittle) e doce (contendo o gene sugary). É improvável que o milho doce tenha ocorrido na natureza como uma raça selvagem, similarmente aos outros tipos de milho. Ele pode ser considerado como produto de mutação seguida de domesticação, pois uma nova fonte de açúcar provavelmente não seria ignorada pelas tribos indígenas de várias regiões da América do Sul, que passaram a utilizar o milho doce como fonte de açúcar.
O milho doce é um produto de alto valor nutritivo e de características próprias, como sabor adocicado, pericarpo fino e endosperma com textura delicada. No estádio de milho verde, é indicado para o consumo humano. As características exigidas pelo mercado consumidor de milho doce e superdoce diferenciam-se das do milho verde comum, especialmente quanto ao teor de açúcar. A indústria tem preferência por maior teor de açúcar e menor teor de amido, o que também é desejado para consumo in natura. A característica “maior teor de açúcar” inviabiliza o processamento de alguns pratos, como o cural e a pamonha, por exemplo, por causa do teor de amido. O milho comum tem em torno de 3% de açúcar e entre 60% e 70% de amido, enquanto o milho doce tem de 9% a 14% de açúcar e de 30% a 35% de amido e o superdoce tem em torno de 25% de açúcar e de 15% a 25% de amido.
As regiões que mais produzem milho doce no mundo são o meio norte dos Estados Unidos e o sul do Canadá. A maior parte do milho verde consumido no EUA é o milho doce. Em 1980, foram plantados 221 mil