Milagre economico
No período entre 1969 e 1973, o crescimento econômico no Brasil alcançou níveis excepcionais, e por isso ficou conhecido como “Milagre Econômico”. Esse milagre foi o resultado de um conjunto de medidas governamentais que elevaram o crescimento do Brasil durante o período da Ditadura Militar.
A ditadura militar no Brasil produziu, além de uma sistemática estrutura de repressão e tortura, uma imagem de crescimento industrial e de colocação do Brasil entre as potências mundiais. O chamado milagre econômico possibilitou a internacionalização da economia brasileira, já no cenário interno, ele gerou um mercado consumidor e a criação de alguns slogans de defesa do regime como “Ninguém segura este país”, “Pra frente Brasil”, ou mesmo o que dava um ultimato aos opositores do regime, “Brasil: ame-o ou deixe-o”.
O milagre econômico da década de 1970 foi garantido pelo investimento estrangeiro feito no Brasil por empresas multinacionais e também através do acesso às linhas de crédito disponibilizadas por instituições financeiras estrangeiras. Idealizado pelo economista e Ministro da Fazenda Antônio Delfim Neto. O milagre econômico incentivou três ramos produtivos:
As empresas privadas brasileiras - se dedicavam aos ramos chamados trabalho-intensivos, com maquinário de baixa complexidade tecnológica, baixos salários e extensa utilização de força de trabalho em indústrias têxteis, processamentos de alimentos e produtoras de bens de consumo não duráveis.
As empresas multinacionais - se dedicavam principalmente ao ramo capital-intensivo, de alta complexidade tecnológica do maquinário e com número menor de força de trabalho. Os trabalhadores deste setor eram mais produtivos, devido a uma qualificação maior que era necessária para operar com os equipamentos de produção, o que garantia também um salário maior. As multinacionais se dedicavam à produção de automóveis, eletrodomésticos e meios de produção, destinados tanto a outras empresas quanto aos