Miguel Torga - Monografia
Em 1917, com dez anos foi viver para a casa de parentes numa casa apalaçada na cidade do Porto, onde serviu como porteiro, moço de recados e alguns serviços domésticos. Após um ano foi despedido devido à sua rebeldia. Em 1918 foi para um seminário em Lamego onde permaneceu um ano. Estudou Português, Geografia e História tendo tido acesso a alguns textos sagrados, concluindo que não queria seguir o celibato.
Em 1920 emigrou para o Brasil para trabalhar numa fazenda de café em Minas Gerais pertencente a um tio. Após quatro anos o seu tio apercebe-se da sua inteligência e oferece-lhe os estudos no Ginásio Leopoldinense, em Leopoldina, onde se distingue como aluno dotado. Convencido das suas faculdades o tio propõem-se a pagar-lhe os estudos em Coimbra como recompensa do trabalho prestado na fazenda o que o levou a regressar a Portugal em 1925, onde concluiu os ensino liceal e ingressou no curso de medicina só vindo a acabar o mesmo em 1933.
Exerceu a profissão de médico em São Martinho passou por Miranda do Corvo mas fixando-se como otorrinolaringologista em Coimbra, em 1941.
É durante a sua estadia na universidade de Coimbra que publica o seu primeiro livro de poemas “Ansiedade” e começa em 1927 a colaborar na revista Presença. Revista fundada por Branquinho da Fonseca, sendo a bandeira da revolução modernista. Em 1931 rompe definitivamente com a revista por razões de discordância estética e liberdade humana, assumindo uma posição independente.
Nesse ano publica o livro Rampa, lançando, no ano seguinte, Tributo e Pão Ázimo e em 1932, Abismo. Em colaboração com Branquinho da Fonseca, funda a revista Sinal, de breve duração.
Aos 27 anos Adolfo Rocha cria pseudônimo "Miguel Torga". Miguel em homenagem a dois grandes nomes da cultura ibérica. Miguel de