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ram os velhos institucionalitas, as instituições não são apenas condicionadoras do comportamento humano, mas também o constituem. Estas observações parecem apoiar todos aqueles que enfatizam a oportunidade de estabelecer uma ponte entre o velho e novo institucionalismo, apesar das dificuldades metodológicas que a tarefa acarreta.
Talvez seja agora o momento certo para o fazer. Vasco Almeida
Instituto Superior Miguel Torga
António Manuel da Fonseca. 2005. Desenvolvimento Humano e Envelhecimento. Lisboa: Climepsi Editores. 242 pp. ISBN: 972796-156-8.
António Manuel Fonseca apresenta uma visão compreensiva do processo de envelhecimento. O autor expõe modelos teóricos e quadros conceptuais, sobre o desenvolvimento humano que interpreta com distância e rigor científico, assumindo, como linha de produção teórica, ‘a preocupação em
‘contextualizar’ a adaptação psicológica face ao processo de envelhecimento’ (p.122; aspas originais).
No contexto sócio-histórico em que vivemos, ou seja, a era do envelhecimento, obras que nos auxiliem a compreender o desenvolvimento humano – algo que admitimos processar-se de forma não linear e complexa, mas que pode ser, apesar de tudo, conceptualizado em modelos compreensivos
– são muito bem-vindas para a comunidade científica que trabalha e/ou investiga as velhices .
O livro está dividido em duas partes. A primeira trata do conceito de desenvolvimento humano, enquanto a segunda parte é dedicada à apresentação interpretativa do conjunto de princípios e mecanismos implicados na adaptação ao envelhecimento. O autor inicia este percurso analítico, abordando a terminologia ‘desenvolvimento humano’ que integra, nos nossos dias, diferentes concepções herdadas do século XX. Actualmente, são múltiplas as dimensões analíticas para descodificar a diversidade no processo de envelhecimento e a produção científica salienta o papel activo do indivíduo na constru-
ção do seu próprio desenvolvimento.