MIGRAÇÃO BOLIVIANA NO ESTADO DE SP
Considera-se notória a presença relevante desses imigrantes, no início da década de 1950, motivada por um programa de intercâmbio cultural entre Brasil e Bolívia, após o término de seus estudos muitos desses imigrantes optavam por permanecerem no Brasil em razão da grande oferta no mercado de trabalho.
Atualmente, podemos dizer que o atual fluxo de migração, se deve ao fato da deterioração do mercado de emprego, e a diminuição do crescimento das atividades econômicas na Bolívia e o crescimento da indústria têxtil brasileira, a qual se vê beneficiada por uma mão de obra pouco qualificada, ou sem nenhuma qualificação; como motivador social, podemos dizer que a reunificação da família também é um fato para a imigração (já que normalmente um membro da família, maioria homens chegam primeiro, buscando emprego e “estabilidade” para a chegada da família. Desta forma, podemos ver o perfil do imigrante boliviano sendo alterado, a qual era formado por estudantes, profissionais da área da saúde e comerciantes (grande maioria ambulantes).
Conforme Censo 2010, a Bolívia, enquadra-se como um dos maiores países de origem dos imigrantes internacionais do Brasil, apresentando uma porcentagem de 8%, entre 2005-2010, porém esse percentual apresentado pode apresentar grande variação, mediante aos imigrantes ilegais não documentados.
Por não ser um estado fronteiriço, em São Paulo, há uma grande dificuldade para se obter informações sobre a origem geográfica exata dos imigrantes bolivianos. Contudo a região de La paz, mais precisamente a cidade de El Alto, vizinha da capital, e a cidade Cochabamba, são apontadas, desde os anos 1980, como os principais centros de emigração da Bolívia para São Paulo.
A imigração boliviana, também tornou-se fato diferenciado, em comparação aos demais processos de imigração