microeconomia
CAPITAL DE GIRO: R$ 100.000
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 20.000
FUNCIONÁRIOS: 15 (o dono, 6 professores formados, 3 recepcionistas, 2 serviços gerais e 3 estagiários)
PRAZO DE RETORNO: 48 meses
A classe C chegou às academias. De acordo com Ricardo Abreu, diretor da Associação Brasileira de Academias, quem quiser apostar no setor de fitness em 2010 deve pensar em endereços de bairros populares, com boa infraestrutura e preços acessíveis.
Veterano na área, o empreendedor Mário Vilas Boas, 51 anos, desde 1984 acompanha a evolução desse mercado. Hoje está à frente de seis academias nos mais diferentes bairros do Rio de Janeiro, inclusive no subúrbio. Na zona sul, cobra mensalidades de R$ 116. Já na zona norte, apenas R$ 45. Basta analisar a realidade dos negócios de Vilas Boas para identificar o atual momento do setor. Enquanto a academia Upgrade, de Botafogo, cresceu 20% nos últimos cinco anos, a Tônus, de Rocha Miranda, na zona norte, fechou 2009 com crescimento em torno de 60%. O número de alunos em Rocha Miranda chegou a 800 e o faturamento anual a R$ 450 mil. Para 2010, a meta é crescer pelo menos 10%.
“Existe uma demanda reprimida por academias nas classes mais baixas”, afirma Waldyr Soa¬res, presidente da Fitness Brasil e especialista no setor.
Embora a procura seja grande por endereços voltados à classe C, alcançar o sucesso nesse nicho de mercado exige cuidado. Na visão de Vilas Boas, é essencial fazer uma pesquisa minuciosa do bairro e tentar conhecer os hábitos dos consumidores. “Sem identificar as características do público-alvo, não dá para fazer o cálculo exato do valor das mensalidades e nem mesmo determinar o tipo de equipamento que será comprado”, afirma. “Ficar atento ao valor do aluguel e do IPTU também é importante para oferecer uma condição satisfatória aos