Microeconomia
Nesta obra Weber afirma que o caráter de fenômeno socioeconômico de um processo não é algo que lhe seja próprio, ele está condicionado pela orientação do interesse de conhecimento e essa se define em conformidade com o significado cultural que é atribuído a cada evento. Portanto, são os processos da vida cultural que contêm o significado dos eventos socioeconômicos. Se, por um lado, um determinado fenômeno social possui um significado cultural, por outro, os fenômenos culturais não podem ser deduzidos como produto ou como função de determinados interesses materiais. Weber critica veementemente as teorias que preconizavam que os fatos sociais que não pudessem ser analisados a partir de seus motivos econômicos deveriam ser considerados cientificamente insignificantes. O conhecimento dos acontecimentos culturais na sua concepção só pode ser construído com base na significação que a realidade da vida possui para os indivíduos. Como pressuposto que os fenômenos sociais e econômicos possuem um significado cultural, Weber se deteve nos motivos pelos quais se originaram a ética religiosa da negação do mundo e as direções que tomou para esclarecer seu provável significado. Houve uma combinação de fatores, no Ocidente, que permitiu a emergência de fenômenos culturais dotados de um desenvolvimento mais amplo em seu valor e significado. O desenvolvimento do capitalismo ocidental é fruto da conjugação de fatores econômicos e espirituais. Nesse sentido é observada a formação de uma mentalidade econômica correspondente a um determinado sistema econômico. Entretanto ele verifica que ainda resta investigar qual a origem desse conjunto de ideias que motivou o surgimento e a consolidação de um certo tipo de conduta. Ele não acreditava na tese do materialismo histórico, segundo a qual ideias, valores e representações constituem o produto de condições econômicas específicas. Tal espírito possuía