micro turbinas
O desenvolvimento das turbinas a gás, como um sistema de propulsão para aeronaves, ocorreu de maneira tão rápida que se torna consideravelmente difícil acreditar que por volta de 1950, poucas pessoas tivessem ouvido falar sobre esse tipo de motor. A possibilidade de usar o “jato”, como meio de propulsão, sempre despertou o interesse de projetistas da área aeroespacial, porém a baixa velocidade das primeiras aeronaves, e os motores a pistão, que não conseguiriam produzir um fluxo de ar à alta velocidade, requeridas por este tipo de motor, constituíam um empecilho para o uso do “jato”.
De acordo com Rolls-Royce (1996), o engenheiro francês, René Lorin, que patenteou o primeiro sistema de propulsão a jato (Figura 2.1), na época o sistema não pode ser fabricado ou colocado em uso, devido à baixa resistência ao calor dos materiais, que não haviam alcançado o desenvolvimento necessário. Outro fator seria a baixa eficiência do sistema para a baixa velocidade dos aviões da época. Entretanto os motores tipo estatojato
(ramjet) atuais são muito similares ao conceito de Lorin.
Figura 2.1. Motor a jato de Lorin.
Fonte: ROLLS-ROYCE, 1996 p. 1
Em 1930, Frank Whittle patenteou o que viria a ser a 2.1. Os princípios da propulsão a jato
O sistema de propulsão a jato é uma aplicação prática da terceira lei de Newton,
“para cada força aplicada em um corpo, há uma reação igual e oposta”. Para um sistema de propulsão aeronáutico, o “corpo” em questão seria o ar atmosférico, que é acelerado ao passar pelo motor da aeronave. A força requerida para promover esta aceleração tem um efeito igual na direção oposta atuando sobre a aeronave, (ROLLS-ROYCE, 1996).
Segundo Rolls-Royce (1996), um motor a jato produz empuxo de maneira semelhante ao conjunto motor/hélice. Ambos impulsionam a aeronave forçando uma determinada quantidade de ar a se deslocar da parte anterior para a posterior do grupo moto propulsor, um sob a forma de uma