Xisto e Pre Sal
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a indústria de petróleo e derivados vem vislumbrando a entrada de uma nova matriz energética, representada pelo gás de xisto e areias betuminosas, sendo os Estados Unidos os maiores produtores mundiais desta fonte energética.
Conhecida como “Revolução do Xisto”, a produção de gases vem despertando o interesse tanto dos países produtores de petróleo quanto de órgãos ambientais, pois o processo de produção é muito contraditório e há relatos de contaminação de solos e lençóis freáticos por gases metano.
Sabe-se que o petróleo é constituído, na sua maioria, por uma combinação complexa de hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos. Além de possuir grande potencial energético, também é utilizado como matéria prima para polímeros plásticos, ou seja, não pode ser totalmente substituído pelo gás de xisto.
No entanto, a crescente produção do gás vem impactando drasticamente no preço do barril de petróleo mundial, resultando em diminuição de custos energéticos nos Estados Unidos e colocando em pauta a viabilidade econômica de extração de petróleo em diversas jazidas ao redor do mundo.
Neste contexto, a exploração de petróleo do Pré-Sal brasileiro vem passando por um período de grande desafio, pois o custo de extração pode inviabilizar a produção nacional, proporcionando a regressão e enfraquecimento das empresas associadas aos investimentos já realizados e comprometendo futuros empreendimentos ao longo das jazidas nacionais.
1. MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL E O IMPACTO DO GÁS DE XISTO (REDUÇÃO DO PREÇO DO BARRIL DO PETRÓLEO)
A matriz energética procura representar quantitativa e ordenadamente, todas as relações entre os energéticos e suas cadeias energéticas (REIS; FADIGAS; CARVALHO, 2012).
Existe uma relação muito forte entre autossuficiência energética e a