Micose
Paracoccidioidomicose
A paracoccidioidomicose (micose de lutz) é uma granulomatose blastomicóide, destacando-se como elemento clínico característico o componente linfático da doença e as frequentes localizações, pulmonar, orofaríngea e supra renal. Na literatura mais antiga podemos encontrar outras denominações para esta micose. Blastomicose brasileira, micose de Splendore-Almeida e granulomatose blastomiocos neotropical.
Etiologia
O agente da micose é o Paraciccidioides brasiliensis, descrito por Floriano de Almeida, em 1930.
Distribuição geográfica
A paracoccidioidomicose é essencialmente sul americano, sendo o Chile, o único país que ainda não apresentou caso algum, ao que sabemos. Há muitos casos na América Central e no México, bem como nos EUA. Conhecem-se muitos casos na Venezuela, Argentina, Colômbia e também no Brasil. Na Europa, há casos registrados na Itália, na Inglaterra, na Alemanha, em Portugal, na França e na Bulgária, um caso.
Habitat
O parasito deve existir no reino vegetal ou solo, embora somente uma ou duas vezes tenha sido isolado daí. A ocorrência da doença coincide com regiões de grandes lavouras ou em zonas de florestas tropicais e subtropicais, de clima úmido ou muito úmido, com precipitação pluviométrica variando de 100 a 2000 ou mais.
É possível, todavia, que haja animais reservatórios do parasito, como sugere pelo achado de Grose e Tamsitt, em 1965, que afirmam ter encontrado o Paracoccidioides brasiliensis três vezes nos intestinos de morcegos (Artibeus lituratus). Foi isolado, também, de tatus naturalmente infectados.
Patogenia
Classicamente, admite-se que a infecção inicia-se pela mucosa orofaringeia, após sofrer trauma por fragmento vegetal, às vezes provocado pelo hábito de os camponeses limparem os dentes com fragmentos de madeira apanhados em qualquer lugar. Manifesta-se por uma ulceração plana de fundo com pontilhado hemorrágico, lembrando casca de amora e descrita como a