Micorrizas
Com a busca cada vez mais constante por uma agricultura sustentável, onde saúde e biodiversidade devem ser preservadas e tanto produção como lucro estejam equilibrados, os fungos micorrízicos aparecem como uma solução para este impasse. Percebido nas últimas décadas como um importante mecanismo no auxílio nutricional das plantas no solo, esses fungos tem muitas outras capacidades que os fazem praticamente indispensáveis para economia agrária.
No início do século XIX, Nágeli descreveu a primeira associação fungo-raíz e a partir de então, essa associação começou a ser estudada mais a fundo. Em 1885, o biólogo Albert Bernard Frank, utilizou pela primeira vez o termo “mycorrhiza” - originado do grego myco (fungo) e rhiza (raízes) - para descrever essa relação simbiótica mutualística, ou seja, relação harmônica onde tanto planta como fungo se beneficiam sendo analisados , portanto,como um sistema dinâmico e sinérgico e não organismos isolados. Em condições naturais, a maioria das plantas forma micorrizas. De acordo com Smith e Read (1997), todos os grupos de plantas (desde Briófitas a Angiospermas) fazem associação com esses organismos simbióticos, exceto cinco famílias e alguns gêneros. Contudo, nem todos os fungos que se encontram nas raízes formam micorrizas pois existem os que crescem na rizosfera (região onde a raiz das plantas e o solo entram em contato) ou crescem na superfície das raízes, sem estabelecer contato ou ação sobre elas. Neste caso os fungos não penetram nas células das raízes e são conhecidos como ectomicorrizas. Já quando adentram nas raízes e aumentam a superfície de absorção e troca de células são chamadas de endomicorrizas, essas por sua vez correspondem a maioria das associações formadas.
As micorrizas são classificadas em seis diferentes tipos de acordo com as características da planta e fungo, bem como a estrutura da associação. A nomenclatura é dada de acordo com as famílias de