Michel Agier
Prefácio
Relevante olhar pro contexto brasileiro - bairro da liberdade, salvador.
Para o autor a localidade não é uma questão evidente, o espaço é um desafio prático e teórico.
Atenção para as regiões morais, formadas por símbolos e estereótipos que condicionam experiências citadinas como marcações imateriais do espaço que permitem pensar nas localidades da vida social.
Olhar para as facetas sócio culturais e vida cotidiana do bairro da liberdade.
Relações de parentesco e gênero, construção de lugares e redes por aqueles que “fazem a cidade”
Redes de sociabilidade alargada, entendida como formas mais amplas de relação, com base em vínculos de parentesco, vizinhança, lazer ou associativo.
Feminino mais família, masculino lazer.
Níveis intermediários de vida social.
Redes masculinas concentradas, femininas mais esparças (mais urbanas)
Perspectiva de antropologia urbana dialoga com os estudos africanista da escola de Manchester (certa crítica ao pensamento estruturalista) e com a escola de chicago
Especificidade da pesquisa urbana – contexto relacional nao corresponde apenas à justaposição de culturas. Deve-se observar e relacionar as situaçãoo de interação em seus contextos, para compreender a cultura da cidade.
Propõe conhecer a cidade a partir da aproximaçãoo com os cidtadinos e sua experiência cotidiana, lugares de vida e situações concretas. Projeto de conhecimento urbano fundado na pesquisa etnográfica – relacional, local, micrológica.
Lugares, situações e movimentos são modos de entrar na cidade. A cidade não é uma abstração teórica, generalizadora, não surge de modelos pré definidos. É relacional e situacional. Cidade em processo, a partir dos lugares e dos citadinos.
Relação entre parte e o todo.
Os conceitos de rede, situação e região avançam relativamente à discussãoo sobre as unidades etnografáveis permitindo articulaçãoo entre a microperspectiva social e a representaçãoo totalizadora da cidade e da sociedade urbana.