Resenha do livro de Michel Agier: Distúrbios identitários em tempos de globalização
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E MUSEOLOGIA
DISCIPLINA: TEORIA MUSEOLÓGICA II
DOCENTE: ALEXANDRO S. DE JESUS
Betania da Silva Lira1
AGIER, Michel. Distúrbios identitários em tempos de globalização. 2001. P.7-27.
O antropólogo Michel Agier, aborda a tema identitário a partir de sua visão antropológica. Ele tenta fazer a compreensão entre identidade e cultura, dentro de um contexto globalizado, propondo uma análise a partir de Crítica da identidade cultural.2 “(...) a cultura encontra-se assim mais denominada do que nunca pela problemática da identidade, que se enuncia cada vez mais como uma ‘identidade cultural’.” (AGIER, 2001, p.7). Agier fala do problema encontrado perante a questão cultural e a denominação atribuída a partir de uma globalização e seus processos.
A identidade cultural abordada a partir de um processo de se deparar com o outro, o oposto ou semelhante, ou seja, ao haver a descoberta pela perspectiva de alteridade. O individuo ao entrar em contado, não necessariamente com um tipo de cultura diferente, mas também bem similar, pode alcançar a partir daí, a sua identidade individual ou coletiva. “(...) transformações atinge os códigos de conduta, as regras da vida social, os valores morais, até mesmo as línguas, a educação e outras formas culturais que orientam a existência de cada um no mundo. (...) o processo identitário, enquanto dependente da relação com os outros (sob a forma de encontros, conflitos, aliança etc.), é o que torna problemática a cultura e, no final, a transforma.” (AGIER, 2001, p.9-10).
Agier cometa a sobre o que acontece ao sair de um tipo de sociedade e ao entrar em outra, que por muitas vezes, nos faz compreender como a era globalizada faz diferença quando pensamos em interpretações de identidade. Quando ele nos dá um exemplo de um individuo que ao penetrar em um ambiente urbano, ele estará mais frágil as práticas, as relações, as