Michael young
Michael Young é um dos pensadores que quis dar conta dessa problemática. Assim, ao questionar “para que servem as escolas?”, ousou responder: “para capacitar jovens para adquirir o conhecimento que, para a maioria deles, não pode ser adquirido em casa ou em sua comunidade [...]”. (p. 1294). Assim sendo, já temos a resposta do autor à pergunta suscitada. O passo seguinte de Young consistirá em mostrar a consistência de sua resposta. Para isso ele estrutura o texto em oito tópicos, que aqui vão ser chamados de partes.
Na primeira parte (Os críticos de escolas nos anos 1970 e 1980), Young busca mostrar como a esquerda (ao que parece, política) e a sociologia da educação estavam próximas uma da outra em razão de apresentarem visões negativas à questão da escolaridade. Segundo ele, “a idéia de que o papel primordial das escolas na sociedade capitalista era o de ensinar à classe trabalhadora qual era o seu lugar era amplamente aceita no campo da sociologia da educação”. (p. 1298). Por esse ângulo, já se torna passível de percepção a influência da teoria marxista no meio educacional. Essa influência marxista vai ser retomada na segunda parte do texto (A Virada pós-estruturalista nas ciências sociais). Porem, nesse contexto, segundo o autor, essas influencias “perderam sua credibilidade”. (p. 1290). Ao tratar desse assunto, Young deixa a impressão de que essa perda resultara do fato de que a teoria marxista teria faltado ao prever o fim do capitalismo (o que até hoje não ocorrera). “[...] essas criticas [oriundas do marxismo] tinham muito pouco a dizer sobre escolas, exceto para outros cientistas sociais”. (p. 1290).
Na terceira parte (Respostas governamentais), o autor mostra a tensão que se gerara entre o setor político e o educacional. Por um lado, os neoliberais defendiam a idéia de que “a economia deveria ser deixada para o mercado e que os governos deveriam desistir de tentar ter políticas econômicas ou industriais”. (p.