MHC - o complexo da rejeição
O artigo de Pedro Silva Correa de Magalhães, Maristela Böhlke e Fernando Neubarth descreve o Complexo de Histocompatibilidade Principal (MHC), que exerce um papel central nas respostas imunes aos antígenos proteicos. Isso é devido ao fato de que os linfócitos T antígeno-específicos não reconhecem antígenos na forma livre ou solúvel, mas, ao contrário, reconhecem porções de antígenos proteicos, isto é, peptídeos não covalentemente ligados aos produtos do gene MHC. Em outras palavras, as moléculas do MHC proporcionam um sistema para apresentar peptídeos antigênicos às células de defesa. Estudos de endocruzamento em camundongos mostraram que genes no MHC também estavam envolvidos no controle tanto de respostas imune humoral como resposta na mediada por células. Os genes do MHC estão presentes em todos os vertebrados, sendo que no homem recebem a designação de HLA (Human Leukocyte Antigens), por terem sido inicialmente detectados nos leucócitos. HLA são os genes mais polimórficos do genoma humano.
Os autores buscaram em fontes confiáveis, e relataram como funciona o MHC, desde sua codificação genética, ate seu mecanismo de funcionamento, visando esclarecer toda a sua fisiologia. Citando ainda, como alguns novos alelos podem originar-se de mutações pontuais, mas muitos são originados por recombinação ou conversão gênica, na qual uma sequência é substituída em parte por outra de um gene homólogo. Todavia, a recombinação entre variantes alélicos de um locus parece ter sido mais importante do que a conversão gênica na geração de polimorfismo de MHC.
O artigo diferencia muito bem as duas classes de MHC, que está dividido em duas classes – I e II. As regiões de classes I e II são altamente poligênicas. Codificam dois grupos de proteínas estruturalmente distintas, porém homólogas. As moléculas do MHC de classe I apresentam os peptídeos às células T CD8 e as moléculas de classe II apresentam os peptídeos às células T CD4. As moléculas do MHC ligam-se