Meus trabalhos
Vitória Rodrigues e SILVA1
RESUMO:
Este artigo tem por objetivo tecer algumas considerações sobre as contribuições que a metodologia de leitura apresentada por Isabel Sole pode oferecer para a prática do ensino de História. O aprimoramento da competência leitora, papel central da escola, deve ser preocupação permanente dos professores dessa disciplina, contribuindo desse modo para a melhoria do desempenho dos alunos do Ensino Básico. Ensino de História; Estratégias de leitura; Compreensão leitora.
PA L AV R A S - C H AV E :
O ensino de História envolve, assim como o ensino das demais disciplinas, a articulação de uma série de componentes: projeto pedagógico, currículo, conteúdos, objetivos, metodologia, estratégias, recursos, sem mencionar os muitos aspectos sociais e políticos próprios dos ambientes escolares. Pressupõe uma concepção de História e de aprendizagem, o que faz essa prática estar referenciada em certos princípios teóricos (mais ou menos claros, conscientes ou coerentes) da Pedagogia – como os de currículo e didática – e da Psicologia da aprendizagem. Outros fatores também colaboram ou interferem na prática cotidiana do ensinar, mas certamente os componentes citados são centrais. Enquanto a escola brasileira destinou-se a reduzida parcela da sociedade (o que vale dizer, até recentemente), era praticamente certo que os alunos que chegavam ao que hoje chamamos de 5a série possuíam pleno domínio dos códigos de leitura. Os professores, a partir dessa série, preocupavam-se naturalmente em aprimorar a habilidade leitora, mas esse aprimoramento tinha mais a ver com ampliação de repertório vocabular, capacidade de leitura de textos mais densos e longos e muito história, são paulo, 23 (1-2): 2004
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v i t ó r i a r o d r i g u e s e s i lv a
pouco com a própria habilidade mental da leitura. Assim, ao selecionar os livros e textos que