meu nome é azul

“Meu nome é Azul” falou a cor que colore esta página. As cores trabalham muito pois têm que colorir as coisas todas do mundo.

Assim como faz o Azul, que passa o ano inteirinho

colorindo a paisagem de um e verão que não tem fim.

E é o Azul
-mais uma vez- a cor deste mar tão grande singrado por pescadores em barcos de pau e pano.
O mesmo mar todo azul que em outros tempos foi cruzado por navegantes audazes em busca de outras terras.

E quando as noites são claras lá está o Azul mais forte todo coberto de estrelas refletidas na cidade que se perde no horizonte.

“Pois eu sou o Amarelo.” gritou com voz estridente a outra cor convidada para colorir este livro.
“Trabalho
de sol a sol para iluminar o dia e colorir de ouro fino o inverno e a primavera o outono e o verão.”

“Sou o fruto e sou a fauna
Sou a nota da canção.”

“Sou a cor do ouro fundido
(que doura o tempo e a História) a cor do ferro que em brasa corre em busca do progresso.
Eu sou a cor dos metais.”

“Sou a cor do dia a dia, da festa de um povo

inteiro, seu canto e sua alegria.”

“Pois eu sou a cor do encontro” disse o Verde aparecendo. “Sou a cor da
Esperança.”
(Quando dois valem por três). “Sou a cor da mata densa, a cor da água dos rios, que correm, com seu mistério, no meio da grande selva.”
“Eu vou virar
Um retângulo”
- falou o Verde feliz –
“que se pareça a um jardim à espera de suas flores.”
“Sou a cor do campo arado depois que a semente cresce. E quando a luta é o trabalho sou a correta vitória do Homem na
Natureza.”

As cores são muito sérias e, às vezes, falam assim: como se fossem discursos de homem muito importante ou poemas de um poeta que canta seus belos versos com os olhos cheios de lágrimas.
Mas
no fundo as cores são como nós têm seu lado infantil gostam de festa e canção de jogos e brincadeiras.
E numa ciranda alegre saem a rodar por aí:
“Vamos