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Maria Elisa Granchi Fonseca Tulimoschi
Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar o percurso da educação especial no Brasil, discutindo questões relativas às políticas públicas e levantando um questionamento sobre a influência das concepções sobre as práticas pedagógicas aplicadas nas APAEs.
Abstract: This article resumes the special education history in Brazil discussing questions that deal with public politics and making questions about human conception’s influence on educational actions at APAEs.
Palavras-chave: Educação Especial – história – APAE A retrospectiva histórica da educação especial em nosso país mostra que, ao longo dos séculos, a trajetória dos alunos portadores de deficiência acompanha a evolução dos direitos humanos conquistados, saindo da completa marginalização, chegando na busca da efetivação de sua cidadania em uma filosofia humanista. (MEC, 1997).
Através da história, o portador de necessidades educacionais especiais recebeu diferentes nomes, tratamentos e considerações sempre relacionados aos valores sociais, filosóficos, éticos e religiosos de cada período, nas diferentes culturas (Peranzoni & Freitas, 1998).
Nesta análise, Krynski (1977) coloca que a história dos deficientes é tão longa quando a história do Homem, reportando-se ao Código de Hamurabi (2.100 a.C), ao Papiro de Tebas (1.552 a C), ao Talmud, Alcorão e Bíblia. Definitivamente os deficientes foram pessoas isoladas do convívio social à quem era atribuída possessão demoníaca. Com o advento da Idade Média e do Cristianismo, a díade Bem x Mal comum à época ficou evidente também no tratamento dado aos indivíduos deficientes: ou eram considerados “marginais”, ou inocentes, puros enviados por Deus. Sobre este modelo construiu-se a idéia das instituições que